domingo, 30 de agosto de 2015

Das cartas que um dia poderão (ou não) ser entregues - 1

Ontem tive uma vontade de sair, de ver gente e até de conhecer uma pessoa nova para curtir a madrugada. Na verdade, bem verdade mesmo, não era uma vontade verdadeira. Era uma atitude que eu queria ter para tentar mostrar que também consigo ter uma relação aberta e ficar com outras pessoas. Mostrar que isso não interfere na relação que estou tendo, que eu não ficaria com a consciência pesada, que eu não iria ficar procurando nos outros homens o mesmo jeito engraçado e atencioso que tu tem. Na verdade a palavra certa não seja 'MOSTRAR'  e sim 'ACREDITAR'. Era uma atitude que só eu saberia, queria acreditar que você é importante, mas não capaz de fazer eu perder o interesse naquele cara que eu tinha um certo amor platônico. Queria realmente acreditar que eu continuava sendo a mesma garota impulsiva que foi parar as 4h da manhã no teu apartamento, mas que ontem talvez parasse as 4h da manhã no apartamento de um cara gato que conheceu enquanto bebia uma cerveja e conversava com os amigos. 
Eu já tinha até combinado com uns amigos de sair do compromisso que tinha e ir direto pra rua onde tem a maior movimentação nas noites de Santa Maria. Confesso, não estava tão animada assim. Como de costume,  não paramos de conversar pelo whats. Eu já liberada do meu compromisso  e tu em casa assistindo filme. Perguntei se tava de boas em casa e disse que pensei em dar uma passada. Fazendo uma brincadeira, tu perguntou se eu levaria comida. 
Foi depois disso que eu vi que ia fracassar nos planos de ter uma atitude rebelde e ir procurar um cara novo pra ficar naquela noite. Troquei a saída na rua movimentada por uma ida ao mercado. Comprei dois sanduíches, uma barra de chocolate e duas long neck da tua cerveja preferida. Troquei a noite que poderia ser cheia de histórias novas para te contar no outro dia, por uma noite contigo assistindo a série Narcos, comendo chocolate e vivendo várias histórias novas que seriam contadas no outro dia para as pessoas que sabem o quanto eu sou feliz quando estou contigo.
Uma dessas pessoas me fala muito em destino. Até hoje eu não sei o que me levou a querer jogar Rugby, eu não conhecia ninguém e nunca tinha assistido um jogo. Simplesmente coloquei na cabeça e fui. Quando te vi pela primeira vez eu fiquei simplesmente encantada. Fui conversar contigo só uns dias depois, mesmo dia que fui parar as 4h da manhã no teu apartamento. Eu queria, mas ao mesmo tempo pensava que tu não seria mais um guri que eu ficaria. Contigo era diferente, eu treinaria contigo, eu te veria de novo fora do clima boêmio. Mesmo com essa dúvida eu fui. Desde esse dia não teve um dia que não nos falamos...são quase 3 meses.
Eu digo, sem medo nenhum, que contigo eu tenho um relacionamento que eu sempre imaginei ter. . Eu sei que nós não temos um relacionamento sério e isso não me incomoda. Tu é ótimo comigo, tu me permite ser que eu sou de verdade. 
Talvez  um dia eu te mostre o que estou escrevendo aqui. A única coisa que tu não sabe é que ontem a minha intenção era ficar com outro cara. Era só a intenção, já que a verdadeira vontade era estar junto contigo.

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