terça-feira, 16 de setembro de 2014

Oi, tudo bem?

Oi, tudo bem?
Maneira básica de começar uma conversa. Sei que pode ser clichê dizer que muitos perguntam sem o verdadeiro interesse em saber a verdade. Bom, não é nesse ponto que eu quero chegar. O ponto é que nem sempre nós temos a vontade de dizer o quão 'não bem' estamos ou, no meu caso, não acho que os outros precisam saber dos meus pequenos problemas em casa, problemas amorosos ou os pequenos problemas que eu tenho comparado com tanta coisa ruim no mundo.

Uma certa vez escutei que não é egoísmo achar que nossos problemas são tão grandes, afinal somos nós que sentimos o peso, a dor.
Dor, acho que isso é algo que não podemos comparar e nem julgar.

Estou meio que cuspindo pensamentos aqui. Não sei quem vai ler. Não sei se conhecidos leem.
Mas as vezes precisamos desabafar, jogar no universo. Simplesmente falar, sem tem um retorno direto.

Ano passado, 27 de janeiro de 2013. Acordei as 5h com a minha tia ligando pra ver se eu estava em casa. Incêndio na Boate Kiss. Mudança na vida de muitas pessoas. Tragédia. Dor. Peso.
Sábado teve um reportagem falando sobre isso. Eu assisti. Chorei. Lembrei de momentos com a Shai, não eramos tão próximas a ponto de dividir segredos, mas dividíamos energias em uma sala de aula. Era minha colega. Colega de Expressão Corporal. Na última aula subimos pro CAL imitando sambistas porque a bateria de uma escola de samba tocava em frente ao Restaurante Universitário. Última lembrança da Shai.

Sinceramente, não sei porque relacionei o meu momento com a tragédia. Na verdade foi pela palavra renovação, dar valor a tudo, a todos os momentos, a todas as pessoas. Expressar os sentimentos, dizer que ama, abraçar. Quero começar a ser mais aberta para carinhos e sentimentos. Gostar mais de demonstrações públicas de afeto.

Medo. Palavra que ronda. Nada confirmado. Mas dói, dói mesmo.


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